Souza, em apresentação no Vasco (Leandro Amorim/CRVG)
Souza enxerga uma grande possibilidade de Fernando Diniz mudar o atual patamar do Vasco. Embora o Flamengo seja visto em outro nível, houve uma sinalização de que, no primeiro Clássico dos Milhões com o novo treinador à frente do Cruz-Maltino, o Rubro-Negro não terá vida fácil. Isso porque, ao contrário dos embates anteriores, o comportamento pautado no aspecto defensivo, sequer deve entrar nos planos do comandante.
“Teve um empate no Brasileiro que a gente ficou com aquele gosto de ‘poderia ter vencido’. De fato, pode. O problema é o que se gera dentro do clube mediante o que o Flamengo vem fazendo e o que vínhamos apresentando. Eu acredito muito que, hoje, o Flamengo vai tomar uma pressãozinha quando jogar contra o Vasco.”, disse Souza, ao canal “Benja Me Mucho”, no YouTube.
“Se não tivesse tempo de treinador, seria uma mentalidade diferente com o Diniz. Ele é muito diferente. Consegue mudar a mentalidade do grupo de uma forma que eu nunca tinha visto antes. O pouco que eu vi da apresentação e de quatro ou cinco treinos, eu vi que ele consegue mudar. Ele falou que enfrentar Flamengo e Palmeiras é de igual para igual. Não tinha isso antes. Tinha um medo de jogar.”, acrescentou.
No momento, o Vasco acumula um jejum de 10 anos sem vencer o Flamengo em partidas do Brasileirão Série A. Em 2025, ainda sob o comando de Fábio Carille, a equipe de São Januário mostrou potencial de triunfar sobre o maior rival, mas o empate por 0 a 0, no Maracanã, manteve a incômoda sequência.
Impacto do 6 a 1 no Vasco 6t3r5s
Antes do desligamento contratual, Souza presenciou um ambiente de receio antes do Vasco encarar o Flamengo. Levando em conta o modo que o Cruz-Maltino foi atropelado por 6 a 1, em 2024, houve um temor envolvendo novas goleadas. Neste cenário, a prioridade esteve pautada em evitar outros vexames em campo.
“Agora é complicado. É melhor ficar quieto. Os caras, como diz o Bruno Henrique, estão em outro patamar. Tem que torcer para que a gente consiga, em alguns anos, chegar nesse nível. Não tem graça… os últimos anos, era pensar no que vai acontecer e torcer para não ser vergonhoso. A palavra é essa. Depois do 6 a 1, a gente pensava: ‘Vamos segurar’. Estava difícil competir.”, contou.
“Infelizmente, a mentalidade era assim: ‘A gente não pode ar vergonha, como foi no 6 a 1’. Você via no sentimento do clube porque estava sem confiança. O Flamengo deu de seis no Juventude e a gente estava: ‘Vamos segurar o que puder’. O Flamengo não conseguiu desempenhar e a gente jogou bem.”, prosseguiu.
Raiva em partidas diante do Flamengo 5h536i
Formado nas divisões de base do Vasco, Souza ite que, dos rivais, o sentimento de raiva pelo Flamengo é predominante. Além do ambiente ligado ao clássico, Eurico Miranda, presente histórico do Cruz-Maltino, costumava motivar o comportamento de “sangue nos olhos” para instigar os jogadores antes mesmo da chegada na equipe principal.
“Do Flamengo (tinha mais raiva). Eu fui criado na era do Eurico Miranda. Ele chegava para a gente da base e dizia: ‘Ganhar do Flamengo é título’. Sempre foi alimentado e muito. Isso gerava um negócio diferente na gente. O Eurico conseguia colocar esse DNA do clássico desde pequeno. Você cresce com aquela coisa.”, relatou.
